Em defesa da vida

Começa em todo o Brasil mais uma Semana Nacional da Vida, promovida pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família - CNBB. E 08 de outubro é o Dia do Nascituro

Ir. Egnalda Rocha Pereira,ciic

Viver é um direito natural e inalienável que deve ser garantido desde a sua concepção até o seu ocaso natural. Essa afirmação deveria ser apenas a certeza de uma convicção de quem sabe que a vida deve ser protegida e cuidada, em todas as suas fases e dimensões. Mas a modernidade, que proporciona facilidades, também marginaliza e relativiza esse direito, especialmente quando essa vida é indefesa.

O estatuto do nascituro, que foi aprovado em 19 de maio do ano passado, prevê a garantia de direitos ao bebe que foi concebido e ainda não nascido, como: integridade física e a inclusão do mesmo em políticas públicas sociais.

Para a presidente do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida - Brasil sem Aborto, doutora Lenise Garcia, "o estatuto garante uma série de direitos à criança, desde a concepção ao término natural da vida e estipula garantias para a mãe grávida, e prevê medidas de proteção da sociedade".

Supra-religioso e suprapartidário, o movimento tem ganhado o apoio de vários seguimentos da sociedade brasileira.

Longe de ser um movimento conservador, a defesa da vida deve ser uma luta de todos. Mas a luta não deve se reduzir apenas contra o aborto. A vida é muito mais ampla e deve ser defendida e protegida em todas as suas fases e dimensões.

Dentre as principais ameaças à vida, estão a eutanásia, o tráfico de seres humanos, a exploração sexual de crianças, a violência e o extermínio, especialmente da juventude, além da miséria e a fome, falta de assistência à saúde e outras.

Para o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, da CNBB, padre Rafael Fornasier, essa não é uma questão apenas de religião, mas uma questão moral, ética e que envolvem todos os cidadãos. "A nossa luta, enquanto Igreja, é propor a vida, a beleza da vida e levar essa mensagem para todo o mundo", enfatizou, o religioso.

A justiça e a ética devem ser temas de debate que ajudem as novas gerações a consolidar princípios e valores inegociáveis. A defesa da vida prevê diversos cuidados, e isso inclui a natureza, as pessoas, os animais e tudo que importa para o presente e o futuro da vida.

Mas a garantia de direitos previstos em lei, só tem valor, quando o poder público e a sociedade lutarem juntos, para consolidá-la. Mais que cultura, a vida é um direito que precisa ser respeitado.